Com um investimento de 30 milhões de reais, o Pólo de Gemas e Jóias vai aumentar a participação do mercado mineiro no país e no mundo.
A nova fase econômica de Minas Gerais começa a ser traçada em Nova Lima, onde será sediado o Pólo de Gemas e Jóias da Região Metropolitana de Belo Horizonte.
O projeto começou a ser idealizado há três anos por um grupo de empresários mineiros, com o objetivo de fazer um amplo diagnóstico da situação da área de jóias e pedras do Estado. O trabalho procurava traçar diretrizes com dois destaques: aumentar o número de exportações e a participação das indústrias de Minas Gerais no mercado brasileiro.
O EMPRESÁRIO MANOEL BERNARDES, UM DOS IDEALIZADORES DO PROJETO EM MINAS GERAIS.
O empresário Manoel Bernardes, um dos idealizadores do projeto, disse que esse trabalho apenas se tornaria viável se existisse uma filosofia de participação comunitária. “Pressentimos ter que trabalhar fisicamente mais próximos e com uma liderança do processo em assuntos que considero absolutamente necessários como o design, a terceirização da produção e incubadoras de empresas. Isso só poderia ser feito dentro de um modelo de Arranjo Produtivo Local, as famosas APL’s”. Assim, em 2008 foi criada a Associação das Empresas e dos Empresários do Condomínio Industrial do Pólo de Gemas e Jóias da Região Metropolitana de Belo Horizonte (AJOPOLO), com o objetivo de defender os interesses comuns das empresas que aderissem ao projeto. O empreendimento integra o Projeto Pólo de Gemas, da AngloGold Ashanti – que visa instalar um complexo turístico e requalificar a área urbana central de Nova Lima – em parceria com o Sindijóias, o sistema FIEMG e a Prefeitura da cidade.
O pólo, que começa a ser construído em 2009 no terreno da antiga planta industrial da Mina de Morro Velho, terá uma estrutura de 22 mil metros quadrados e capacidade para abrigar aproximadamente 60 empresas. De acordo com o Sindjóias-MG, os principais resultados desse projeto serão o fortalecimento das micro e pequenas empresas, a redução da atividade informal do setor, o aumento do valor agregado dos produtos e o desenvolvimento econômico, social e dos serviços técnicos de Minas Gerais.
A infra-estrutura básica do pólo terá um investimento inicial de 30 milhões de reais e vai gerar cerca de 500 empregos diretos, em categorias como ferramentaria e tratamento de resíduos, entre outras. Além disso, vai terceirizar os processos de fundição e apuração de jóias.
É Minas Gerais andando na frente do mercado de Ouro, Joias e Gemas.